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sábado, 30 de abril de 2016

Moisés, um guerreiro egípcio a favor de israel


Moisés talvez tenha sido um dos maiores homens usados por Deus em toda a história relatada na Bíblia. De um guerreiro egípcio a protetor dos Judeus, o líder guiou seu povo, repassou os ensinamentos do Senhor e consolidou o monoteísmo, incomum em uma época de adoração a diversos deuses.

O povo Judeu (também conhecido como israelita, ou Hebreu pelos estrangeiros) foi guiado à Terra Santa por Abraão seguindo as Promessas de Deus para o seu povo. Devido a uma seca que castigou a Palestina, os hebreus migraram para o Egito, em busca de trabalho, moradia e alimentação.

Com o passar do tempo, os Hebreus se tornaram escravos do Faraó, que depois de muitos anos já não conhecia a história do povo israelita e temia que estes se tornassem muito poderosos, submetendo-os a trabalhos duros para conseguirem sobreviver.

Os israelitas passaram cerca de 400 anos sofrendo no Egito. O faraó, preocupado com o crescimento acelerado das tribos, mandou que as famílias dos judeus matassem todos os bebês que nascessem em suas casas, atirando-os no Rio Nilo.

Em uma dessas casas vivia Joquebede, que acabara de dar a luz a um menino que era lindo. Joquebede tentou escondê-lo por três meses, até que não foi mais possível, quando ela e o marido decidiram então construir um cesto e colocar o bebê no rio, com a esperança de que alguém o encontrasse vivo.
E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.
Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio.
(Êxodo 2:2-3)
A filha do Faraó encontrou o pequeno enquanto se banhava no rio e decidiu que o adotaria e o chamaria de Moisés, significando “Salvo das águas”.

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A irmã de Moisés, Miriã, estava à margem do rio observando tudo e ofereceu à filha do Faraó uma mulher Hebreia para amamentar a criança. A mulher aceitou e então a menina chamou a própria mãe e ela cuidou do bebê até ele crescer. A filha do Faraó o adotou e levou para a Corte, educando-o como o Príncipe do Egito.

Moisés foi criado em meio ao luxo, sendo preparado para o poder. Era um sábio e se mostrara um grande lutador, além de mostrar qualidades em tudo o que fazia. O garoto cresceu isolado da realidade do povo Israelita. Familiarizado com as causas faraônicas, Moisés já se preparava para assumir seu trono no Egito.

Na mesma época os etíopes tentavam avançar na dominação do Egito, e venciam todas as batalhas contra o exército do Faraó. Percebendo os atributos de Moisés, o Faraó pediu a sua filha que o deixasse lutar contra o inimigo. A filha autorizou e Moisés venceu a guerra acabando com a ameaça dos etíopes.

O guerreiro passou a ser admirado tanto pelos egípcios quanto pelos hebreus. Mas o Faraó, sabendo da origem israelita do garoto e temendo a sua ascensão ao poder, já planejava a morte de Moisés. Foi nessa mesma época que a irmã de Moisés, Miriã, contou toda a verdade ao irmão a pedido da mãe biológica. Moisés ficou chocado quando soube de sua origem e de tudo o que seu povo sofria nas mãos do Faraó e da Corte a qual se dedicava.

Moisés chegara aos 40 anos e não resistiu ao ver um dia um guerreiro egípcio maltratando um hebreu. Em reação, Moisés matou o egípcio, causando a ira do Faraó, que o jurou de morte. Moisés teve que fugir do Egito para Midiã, onde conheceu um criador de ovelhas, tornou-se amigo dele e casou-se com a filha do criador, Zípora.

Mais tarde Moisés se tornou também um pastor de ovelhas. O homem que já havia sido o Príncipe do Egito teve que aprender a viver humildemente como um criador de ovelhas em uma terra distante.
Mesmo com Moisés longe Deus preparava seu futuro, pois o Senhor não esqueceu seu povo que estava no Egito:
E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão.
E ouviu Deus o seu gemido, e lembrou-se Deus da sua aliança com Abraão, com Isaque, e com Jacó;
E viu Deus os filhos de Israel, e atentou Deus para a sua condição.
(Êxodo 2:23-25)

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Certo dia Moisés subiu com suas ovelhas ao alto do Monte Horebe, onde viu uma sarça ardendo em chamas. Chamou-lhe a atenção que a planta queimava, mas não se consumia. Da Sarça, Moisés ouviu a voz do Senhor a chamá-lo. Moisés não queria ver a imagem que se configurava a sua frente.

O Senhor disse-lhe:
Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. […]
E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo do Egito.
(Êxodo 3:7-10)
Moisés, já acostumado à humildade depois de 40 anos como um pastor, disse a Deus que não era bom o bastante para enfrentar o Faraó e salvar os Filhos de Israel. Deus então o avisou que ele não estaria sozinho, que o Senhor seria com ele.

O homem continuou relutante. Respondeu a Deus que mesmo que conseguisse passar pelo Faraó, os Filhos de Israel iam querer saber qual deus os teria mandado buscar. Deus respondeu a Moisés que não existe outro Deus e ordenou:
Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração.
(Êxodo 3:15)
Moisés continuava não acreditando em tudo aquilo, e precisou o Senhor dar-lhe demonstrações do seu poder, transformando sua vara de pastor em uma cobra. Mesmo assim Moisés se recusou, despertando a ira de Deus, que o mandou sem demora ao encontro de seus irmãos.

Moisés partiu com sua esposa e filhos ao Egito. Chegando, encontrou seu irmão Arão, que foi até o povo israelita e contou o que Deus havia falado ao irmão Moisés, e o povo acreditou.

Obedecendo ao Senhor, Moisés foi falar ao Faraó que o Deus dos Hebreus mandava-o libertar seu povo. O faraó se indiginou pelo pedido do homem e mandou que dobrassem o trabalho dos escravos hebreus por acreditarem nele.

Os escravos se voltaram contra Moisés. Mas Deus mandou que ele fosse novamente falar com Faraó e que o Senhor daria provas de seu poder. Moisés obedeceu e durante a conversa, enquanto Faraó resistia, o senhor transformou a vara de Moisés em serpente para que o Faraó tivesse uma prova. Faraó continuou não acreditando em Moisés e se recusou a libertar os Filhos de Israel.

Várias vezes ainda o Faraó foi contra Moisés e o poder do Senhor. Deus lançou o total de dez pragas sobre o Egito, fazendo com que Moisés provasse para Faraó que era um enviado do Deus de Israel. A última praga foi a que convenceu faraó a libertar os escravos. Deus prometeu a Moisés que em certa noite levaria a vida de todos os pimogenitos do Egito.

Apenas os filhos dos Hebreus continuariam vivos. E foi o que o Senhor fez. Os egipcios passaram a pressionar o Faraó a ceder e libertar os israelitas, e ele enfim libertou.
O povo Hebreu ainda não acreditava totalmente em Moisés, mas seguiu com ele rumo à Terra Prometida.


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