O Vaticano vai receber no dia 1º de maio um encontro de voluntários empenhados na proteção de menores, famílias de crianças abusadas e vítimas da pedofilia, numa iniciativa da ‘Associação Meter’, por ocasião do 20º Dia das Crianças Vítimas da Violência.
“As crianças são abusadas por todos, não há uma categoria social específica. São devastadas na sua intimidade e os seus corpos são objeto do tráfico e do mercado. Assim, não podemos tolerar esta absurda comercialização, que encontra na Internet canais de difusão inimagináveis e lucrativos. Unamo-nos e ajamos juntos pelo bem dos menores”, explica à Rádio Vaticano o fundador da ONG, padre Fortunato Di Noto.
O Papa Francisco reafirmou em fevereiro a política de ‘tolerância zero’ na Igreja Católica para casos de abuso sexuais e criticou os bispos que ignoram ou encobrem estas situações.
“Um bispo que muda de paróquia um sacerdote quando se reconhece um caso de pedofilia é um inconsciente e a melhor coisa que pode fazer é [apresentar] a renúncia. Está claro?”, disse aos jornalistas, no regresso a Roma, durante o voo que partiu de Ciudad Juárez, onde concluiu a sua visita ao México.
A 7 de julho de 2014, o Papa condenou no Vaticano os “atos execráveis” de abusos sexuais perpetrados contra menores e pediu perdão às vítimas, afirmando que não há lugar na Igreja para membros do clero que pratiquem estes “crimes”.
“Perante Deus e o seu povo, manifesto a minha dor pelos pecados e graves crimes de abusos sexuais cometidos pelo clero contra vós e humildemente peço perdão”, declarou Francisco, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
A celebração contou então pela primeira vez com a presença de um grupo de vítimas de abusos sexuais de sacerdotes, que o Papa recebeu depois pessoalmente em privado na sua residência, durante mais de três horas.
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