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domingo, 8 de maio de 2016

Venezuela: Pedem que Maduro permita Igreja levar ao país alimentos e remédios



Ante a grave crise econômica que atinge o país, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) exortou nesta quarta-feira o governo de Nicolás Maduro que permita à Igreja – através da Cáritas –, e outras organizações privadas “trazer alimentos, remédios e outros materiais necessários” para poder satisfazer as necessidades mais urgentes da população.
A Venezuela enfrenta há mais de dois anos uma crescente crise econômica, refletida na escassez de alimentos, remédios e outros produtos de primeira necessidade. O episódio mais recente foi o corte do serviço elétrico quatro horas por dia em várias regiões do país, inclusive em alguns setores de Caracas. Além disso, como consequência, Maduro ordenou que os trabalhadores do setor público trabalhem somente duas vezes por semana.

O estudo ‘Condiciones de Vida en Venezuela’ (Encovi), elaborado em agosto e setembro de 2015 pelas universidades públicas Central e Simón Bolívar e a universidade privada Católica Andrés Bello, revelou que para 87% dos venezuelanos seus salários são insuficientes para comprar alimentos. Enquanto 12% dos pesquisados disse que apenas comem duas vezes ou menos ao dia. Este relatório foi divulgado em março deste ano.

Em seu comunicado, os bispos advertiram que a Venezuela – o país com as maiores reservas de petróleo –, nunca havia sofrido “a extrema carência de bens e produtos básicos para a alimentação e a saúde”, junto ao “recrudescimento da delinquência assassina e desumana, o racionamento instável da luz, da água e a profunda corrupção em todos os níveis do Governo e da sociedade”. “A ideologização e o pragmatismo manipulador pioram esta situação”, advertiram.

As mídias locais e estrangeiras informaram que nos últimos dias foram registrados roubos em cidades como Caracas e Maracaibo. Segundo o jornal ‘El Nacional’, em Maracaibo houve pelo menos seis roubos na segunda-feira, 25, durante os protestos pelos cortes de eletricidade.


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