Ángela Hernández, deputada da região de Santander, afirmou que o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, mentiu quando disse que o governo não promove a ideologia de gênero; e denunciou que os meios de comunicação tentaram minimizar as marchas multitudinárias que aconteceram na última quarta-feira em todo o país.
Em declarações à imprensa, o mandatário afirmou na quinta-feira, 11 de agosto, que “o Ministério de Educação e o Governo nacional não implementaram, nem promoveram ou promoverão a ideologia de gênero”.
Esta ideologia promove a homossexualidade e o lesbianismo; e considera que o sexo é uma construção social e não um fato natural ou biológico.
Santos fez esta declaração depois de se reunir com o Arcebispo de Bogotá, Cardeal Rubén Salazar, o Núncio Apostólico na Colômbia, Dom Ettore Balestero, e o Bispo Militar, Dom Fabio Suescún.
A Deputada Ángela Hernández, uma das maiores críticas dos manuais elaborados pelo Ministério de Educação, disse ao Grupo ACI que o Presidente Santos “está mentindo. Hoje, quando com contundência foram mostradas as cartilhas, foram denunciados e milhares de pessoas saíram às ruas, o governo apareceu para dizer que tais cartilhas não existem e que ignoram que é a ideologia de gênero”.
“Lamentamos não ter um Presidente a favor da família, com a atitude de reconhecer que houve um erro no Ministério de Educação que pode ser corrigido, evitando que a ideologia de gênero seja imposta e respeitando o direito que os pais têm de educar os seus filhos”, acrescentou.
Sobre a cobertura dos meios de comunicação na Colômbia, a deputada disse que “nunca houve uma marcha na proporção de ontem [quarta-feira]. Saíram todos, cristãos, católicos, docentes, reitores, pais de família; e hoje [quinta-feira] os meios de comunicação se referem a eles como ‘coitadinhos, pois estão desinformados’”.
A parlamentar indicou que “os meios de comunicação minimizaram as
marchas, isolaram o tema. Há um problema neles. Se não fosse pelas redes
sociais não saberiam a verdade”.
Em seguida, Hernández disse ao Grupo ACI que os que promovem uma visão ideologizada da educação das crianças “também querem impor os banheiros unissex, para que sejam mistos, porque segundo a ideologia de gênero não há homens nem mulheres”.
O texto do Ministério de Educação em convênio com a ONU
O Ministério de Educação assinou um acordo com três instituições da ONU: UNICEF, que é o Fundo das Nações Unidas para a Infância; UNFPA, o Fundo de População das Nações Unidas; e PNUD, o Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento; que elaboraram o texto “Ambientes Escolares Livres de Discriminação”.
O valor do convênio, do qual a organização ‘Colômbia Diversa’ faz parte, que integra o lobby gay no país, é de 1.586.728 milhões de pesos, ou seja, mais de meio milhão de dólares.
O texto, assinala um comunicado da ONU, foi publicado por esta organização “sem contar ainda com a autorização do Ministério de Educação Nacional para sua publicação e distribuição, pois este é um documento em construção”.
“O documento é uma ferramenta de trabalho, produto do convênio, desenhado para consulta de professores e reitores”, explica o comunicado, que não menciona em nenhum momento os pais de família.
O texto de 93 páginas que gerou o rechaço dos pais de família é intitulado “Ambientes Escolares Livres de Discriminação” com subtítulo “Orientações sexuais e identidades de gênero não hegemônico na Escola. Aspectos para a reflexão”.
Na página 11, afirma que a promoção da ideologia de gênero permitirá construir “ferramentas para impulsionar com vigor o reconhecimento e a garantia dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos”.
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